Terça-feira, Agosto 19, 2025
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Presidente colombiano pede que se ignorem os apelos à violência

Bogotá, 14 de ago (Prensa Latina) O presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu aos cidadãos que ignorem os apelos dos apoiadores da violência, justamente quando o país vive um momento de tensão política devido ao assassinato do senador Miguel Uribe (1986-2025).

“Quando acendem o ódio no coração de um colombiano, os assassinos são os que vencem. E esse colombiano deve saber que quem acende o ódio em seu coração é, na verdade, quem está matando pessoas na Colômbia”, afirmou o presidente do município de Bahía Solano, no departamento de Chocó, no noroeste do país.

Em evento realizado para marcar a apresentação do projeto de modernização do aeródromo José Celestino Mutis, que visa fortalecer a conectividade regional, o chefe de Estado instou os cidadãos a não caírem na armadilha da violência “porque a história nos ensinou por décadas — eu diria séculos — o que significa matar uns aos outros”.

Em seguida, aproveitou a oportunidade para alertar sobre as consequências negativas da compra de votos, que, segundo ele, pode levar uma pessoa a votar “em alguém que nem sabe quem é, e às vezes acaba sendo seu próprio carrasco, só porque oferece uma quantia inicial muito pequena no dia da eleição”.

Ele atribuiu esses métodos usados em campanhas eleitorais ao agravamento dos problemas sociais existentes e à geração de mais violência.

“A solução é transformar o território. Já dissemos aqui: não se faz só com a comunidade; o Estado tem que estar presente, mas o Estado também não pode fazer sozinho; a comunidade tem que estar presente; é uma espécie de aliança”, afirmou.

Em seu discurso, Petro também se referiu aos benefícios que a ampliação da pista do aeródromo de Bahía Solano trará, entre os quais a expansão do turismo.

“É para isso que serve a ampliação da pista. Não apenas para cargas, mas para pessoas que vêm explorar e, assim, superar os níveis de pobreza que muitos moradores vivenciam”, afirmou.

Ele afirmou que o turismo “é uma forma de democratizar a economia”.

Em outro momento, ele solicitou ao Ministério dos Transportes que priorizasse o megaprojeto do canal interoceânico, que visa conectar os oceanos Pacífico e Atlântico por meio de uma rede ferroviária elétrica.

Ele enfatizou que os frutos deste projeto devem beneficiar “em primeiro lugar Chocó, sua educação e saúde, e torná-lo não o que tem sido até agora, a porta dos fundos para a Colômbia, mas a porta da frente para a Colômbia”.

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