Cinco cidadãos morreram e 33 ficaram feridos após um bombardeio da Força Aérea no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave costeiro, informaram fontes médicas do Hospital Al-Awda.

Mais dois morreram e cinco ficaram feridos quando soldados israelenses abriram fogo contra um grupo de pessoas que se reuniam para exigir ajuda em frente a um centro de distribuição perto da área de Wadi Gaza.

A agência de notícias oficial Wafa relatou uma morte após um ataque aéreo a um apartamento na cidade de Khan Younis e mais duas por fogo militar em outro centro de distribuição na cidade de Rafah, no sul do país.

Neste sábado, a onda de condenação internacional continuou pela decisão do gabinete de segurança israelense de reocupar a Faixa como medida de pressão contra o Movimento de Resistência Islâmica.

O governo, os partidos políticos e a sociedade palestina em geral denunciaram duramente o plano de Netanyahu ontem.

Após a divulgação da notícia, o presidente palestino Mahmoud Abbas discutiu a questão com seu homólogo egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, e o rei Abdullah II da Jordânia, informou a Wafa.

Por sua vez, o chefe do Conselho Nacional Palestino, Rawhi Fattouh, denunciou a ideia.

A medida representa uma declaração explícita do início de um plano de deslocamento forçado e massacres, alertou Fattouh.

O Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah), no poder, emitiu uma declaração semelhante.

O grupo fundado por Yasser Arafat criticou a proposta militar e afirmou que tais ações apenas geram destruição e sofrimento, sem trazer paz ou segurança a Israel.

Enquanto isso, o Movimento de Resistência Islâmica classificou o plano como um crime de guerra.

Em resposta, o Representante Permanente da Palestina na Liga Árabe, Muhannad Al-Aklouk, anunciou que havia solicitado uma reunião de emergência da organização para tratar do assunto.

Israel retirou-se oficialmente do território em 2005, como parte do chamado Plano de Desengajamento do então Primeiro-Ministro Ariel Sharon, que evacuou os 21 assentamentos judaicos ali estabelecidos, embora o exército continuasse com seus ataques sistemáticos.

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