É o que revela uma pesquisa do RealTime BigData Institute, realizada entre 4 e 6 de agosto, com 1.500 entrevistas em todo o país.
Segundo a pesquisa, 64% dos entrevistados apoiam uma iniciativa direta entre Lula e Trump.
Outros 28% se opõem à ideia, enquanto 8% preferem não se manifestar.
O estudo também indica insatisfação com as ações do governo brasileiro em relação ao aumento de tarifas.
Para 52% dos entrevistados, a postura atual é falha e o Palácio do Planalto deveria fortalecer o diálogo com os americanos.
Apenas 27% consideram a estratégia de resistência de Lula adequada. O restante (21%) não soube responder.
Os impostos são uma preocupação principalmente devido ao seu impacto no mercado de trabalho. Quase metade (47%) teme um aumento do desemprego.
Há também preocupações com o custo de vida (17%) e com o possível isolamento internacional do Brasil (8%).
Um grupo significativo (28%) afirma não ter preocupações com o assunto. A maioria considera a posição de Lula sobre tarifas falhas.
Quando questionados sobre a imagem internacional dos países envolvidos, os brasileiros percebem os Estados Unidos predominantemente de forma positiva (46%) e a China de forma mais neutra (42%).
As percepções sobre ambos os países também variam de acordo com seu papel comercial: a China lidera como fonte de oportunidades econômicas (43%), mas os Estados Unidos são considerados um parceiro mais confiável (65%).
Além disso, a pesquisa mostra que 69% dos entrevistados consideram positivo que a China tenha superado os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil.
Em relação à postura diplomática, 52% acreditam que o ideal seria manter uma relação equilibrada com as duas potências.
Trump vinculou abertamente as novas tarifas de 50% sobre produtos brasileiros aos processos judiciais enfrentados por seu aliado ideológico, o ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe após as eleições de 2022.
A margem de erro da pesquisa é de aproximadamente três pontos percentuais para mais ou para menos.
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