Um comunicado divulgado pela assessoria de imprensa da Santa Sé indica que, nesse evento iniciado às 10h, horário local, diante de milhares de fiéis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Sumo Pontífice, ao evocar esses “trágicos acontecimentos” de oito décadas atrás, refletiu sobre os perigos do mundo contemporâneo.

Os injustificáveis bombardeios atômicos norte-americanos contra Hiroshima e Nagasaki, nos dias 6 e 9 de agosto, respectivamente, nos quais morreram cerca de 200 mil pessoas, em sua maioria civis, “continuam sendo um aviso universal contra a devastação causada pelos conflitos e pelas armas nucleares”, afirmou.

Em um mundo marcado por tensões e guerras, é necessário “redescobrir a justiça e renovar a confiança na fraternidade”, afirmou o Santo Padre, de acordo com uma reportagem publicada no site do jornal Vatican News.

“Espero que, no mundo contemporâneo, a segurança ilusória baseada na ameaça de destruição mútua dê lugar aos instrumentos da justiça, à prática do diálogo e à confiança na fraternidade”, enfatizou o Bispo de Roma.

Em uma mensagem dirigida ao bispo de Hiroshima, Monsenhor Alexis Mitsuru Shirahama, ao completar 80 anos desses dramáticos acontecimentos, o Pontífice expressou que os mesmos são uma “memória viva dos profundos horrores provocados pelas armas nucleares”.

O papa Prevost manifestou seu “respeito e afeto pelos sobreviventes hibakusha, cujas histórias de perda e sofrimento nos chamam a todos a construir um mundo mais seguro e a promover um clima de paz”, e afirmou que “a verdadeira paz exige a entrega corajosa das armas, especialmente aquelas com poder de causar uma catástrofe indescritível”.

“Devemos forjar uma ética global enraizada na justiça, na fraternidade e no bem comum”, afirmou Leão XIV em sua missiva, na qual lançou um novo apelo à comunidade internacional “para renovar seu compromisso com a busca de uma paz duradoura para toda a família humana”.

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