Assim, o secretário-geral do conservador Partido Popular (PP), Miguel Tellado, concentra a atenção com declarações e conferências de imprensa em um momento em que seu chefe, o presidente da organização, Alberto Núñez Feijóo, está de férias.

O mesmo que o chefe do Executivo e chefe dos socialistas do PSOE, Pedro Sánchez, ou o rei da Espanha, Felipe VI. Mas a cruzada do PP não poderia ser mais evidente, embora a opinião pública responda com o conhecido “perdoe o pouco caso”.

Tellado tem um arsenal variado, embora o foco principal seja nas supostas práticas corruptas de Sánchez e dos militantes do PSOE, respingando em toda a esquerda no processo. A ideia tem sido a mesma nos últimos dois meses: desacreditar o governo, seu presidente e todas as forças progressistas espanholas o máximo possível. Do outro lado da cerca, não é que a esquerda esteja em silêncio, como sugerem os especialistas nos maiores programas de opinião política do país ibérico.

Na ampla gama de meios de comunicação mais equilibrados, defensores do progressismo ou defensores veementes da direita, estão surgindo novas revelações sobre o caso de corrupção liderado por Cristóbal Montoro, ex-ministro de Mariano Rajoy, o que está deixando o PP bastante molhado.

Enquanto os telespectadores ocupam os espaços vagos dos verdadeiros líderes das organizações políticas da Espanha, a grande maioria da população está em modo de férias e em hiato de tudo o mais.

Especialmente nestes dias, quando uma intensa onda de calor está varrendo a Espanha.

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