Quinta-feira, Agosto 07, 2025
Edição Portugues
Search
Close this search box.
NOTÍCIA

Tribunal acusa líder paramilitar sudanês de genocídio

Cartum, 5 ago (Prensa Latina) Um tribunal sudanês acusou o líder das Forças de Apoio Rápido (RSF), Mohamed Hamdan Dagalo, de genocídio e crimes contra a humanidade pelo assassinato do ex-governador de Darfur Ocidental, informou hoje Sudan Tribune.

De acordo com o Tribune, o governador Khamis Abdallah Abkar foi morto em 14 de junho de 2023, pouco depois de ter sido preso pelo grupo paramilitar, e posteriormente circularam vídeos mostrando combatentes da RSF, seguidos de imagens gráficas da profanação de seu corpo.

Em uma declaração, a promotoria disse que o tribunal de Port Sudan, presidido pelo juiz Mamoun al-Khawad, acusou formalmente o chefe da RSF, Mohamed Hamdan Dagalo (Hemetti), seus irmãos Abdel Rahim e Al-Quni Dagalo, e 13 outros por genocídio, saques, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.

De acordo com o tribunal, as acusações estão relacionadas a um ataque à cidade de El Geneina em 15 de abril de 2023, liderado por Hemetti e tendo como alvo a tribo Masalit.

O ataque resultou em milhares de mortes, no deslocamento de centenas de habitantes para o Chade e no brutal assassinato e profanação do corpo de Abkar.

A promotoria disse que os irmãos de Hemetti, Abdel Rahim, segundo no comando da RSF, e Al-Quni, que administra as finanças da força, foram acusados de cumplicidade criminosa no planejamento e execução do ataque.

O tribunal nomeou o comandante do setor da RSF em Darfur Ocidental, Abdel Rahman Juma, como o quarto réu, por liderar o ataque a El Geneina e supervisionar o assassinato do governador.

As acusações foram feitas à revelia, uma vez que os réus e seus representantes legais não estavam presentes, e foram baseadas em provas substanciais, incluindo o depoimento de 14 testemunhas e sete vídeos.

mem/yma/bm

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa