Em uma entrevista televisiva, disse que em 2019 havia 450 mil empregados em tais circunstâncias e a cifra cresceu para 550 mil em 2024.
Abdala ressaltou que a informalidade no trabalho também está crescendo e, no ano passado, chegou a 23% da população empregada.
Nos territórios de fronteira, a situação é pior, disse o líder sindical, que se referiu à dificuldade de superar o desemprego feminino e juvenil em nível nacional.
Ele disse que tais situações são consequência de um modelo de produção baseado na exportação de matérias-primas.
Aspiramos a questões concretas que tenham impacto sobre o trabalho e o Produto Interno Bruto, disse ele.
Isso anda de mãos dadas com a implementação pelo Estado de uma estratégia de desenvolvimento nacional com melhor qualidade de trabalho e investimento em ciência e tecnologia, acrescentou.
O estado não pode aspirar a melhorar a competitividade com base na precarização da mão de obra, disse ele.
Ele considerou que tais premissas devem ser incluídas no projeto de orçamento que está sendo preparado pelo governo e sobre o qual o movimento dos trabalhadores deseja apresentar propostas.
A esse respeito, descreveu como positivas as reuniões promovidas pelo PIT-CNT com a Secretaria Executiva da Frente Ampla e com o Conselho do Partido.
Ele anunciou que no dia 12 de agosto haverá uma grande mobilização do movimento dos trabalhadores para exigir a defesa dos salários reais e outras demandas em um momento em que há vários conflitos trabalhistas prevalecendo no país.
Marcelo Abdala garantiu que os canais de diálogo com o governo estão abertos e disse estar otimista com o debate sobre a proposta de taxar o setor mais rico do país com um por cento da riqueza, a fim de combater a desigualdade e a pobreza infantil.
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