Nas últimas horas, os restos mortais de um dos mineiros foram encontrados, e os trabalhos continuam para localizar outros quatro.
“A metodologia mudou. Não usamos mais pás operadas manualmente, mas sim pás operadas remotamente, o que garante a segurança dos nossos socorristas”, disse Andrés Music, gerente geral da Divisão El Teniente da Corporação Nacional do Cobre (Codelco).
Cerca de 100 bombeiros, apoiados por equipamentos, conseguiram avançar 22 metros lineares na área de buscas, removendo 2.650 toneladas de material, restando outras 5.000 toneladas ainda a serem extraídas.
“Já conectamos a parte sul com a parte norte e agora estamos começando a nos mover para o leste”, disse Music.
O acidente ocorreu quinta-feira no projeto Andesita, em El Teniente, considerado o maior depósito de cobre do mundo, com aproximadamente 4.500 quilômetros de túneis subterrâneos.
A catástrofe deixou até agora dois mortos, nove feridos e quatro desaparecidos.
Hipóteses iniciais indicam que o desabamento pode ter sido causado por um terremoto de magnitude 4,2 ocorrido nas proximidades, mas autoridades afirmaram que o assunto está sendo investigado pelo Serviço Geológico e de Mineração Nacional.
Durante uma visita à mina, o presidente chileno Gabriel Boric disse que a principal prioridade do governo e da Codelco agora é o resgate dos trabalhadores presos.
Há muitas coisas a esclarecer em uma situação como essa, mas hoje, o mais importante é começar pelo resgate dos mineiros, disse Boric, após pedir o fim das especulações.
Do lado de fora de El Teniente, familiares e amigos dos trabalhadores participaram de uma vigília organizada espontaneamente como um gesto de solidariedade aos seus colegas.
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