Quinta-feira, Agosto 07, 2025
Edição Portugues
Search
Close this search box.
NOTÍCIA

Palestina condena incursão de ministro israelense em Jerusalém

Ramallah, 3 ago (Prensa Latina) A Palestina condenou hoje uma nova visita de um ministro israelense à Esplanada das Mesquitas, na área ocupada de Jerusalém Oriental, e acusou o país de cometer crimes de guerra na Cisjordânia e em Gaza.

O Ministério das Relações Exteriores e Expatriados declarou em um comunicado que o governo israelense está trabalhando para frustrar o consenso internacional sobre a necessidade de implementar a solução de dois Estados.

Ele também alertou sobre o aumento de ataques de colonos judeus contra a população da Cisjordânia, incluindo a Jerusalém Oriental.

O texto denuncia as marchas de extremistas judeus na Cidade Velha da cidade, lideradas pelo secretário de Segurança Interna, Itamar Ben Gvir, conhecido por suas posições de extrema direita e antiárabe.

O ataque de Ben Gvir nesta manhã confirma que “os planos coloniais racistas aos quais nosso povo está sendo submetido são parte de uma política oficial do governo que visa liquidar a causa palestina”, disse o Ministério das Relações Exteriores.

Diante dessa situação, ele apelou à comunidade internacional, e especialmente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que assumam suas responsabilidades legais e morais para pôr fim a esses crimes. O Departamento de Doações Islâmicas de Jerusalém informou que cerca de 1.250 colonos, liderados por Ben Gvir, invadiram o complexo religioso no domingo.

O local sagrado é venerado tanto pelos muçulmanos, que o chamam de Nobre Santuário, quanto pelos judeus, que o conhecem como Monte do Templo.

Para os primeiros, porque a Mesquita de Al-Aqsa está localizada em seu interior, enquanto para os últimos, porque seus dois templos bíblicos foram construídos ali.

A Esplanada das Mesquitas faz parte da Cidade Velha, localizada na parte leste da metrópole, ocupada pelo exército israelense durante a guerra de 1967.

Segundo acordos firmados décadas atrás, os judeus só podem visitar o complexo, sujeito a inúmeras condições, mas não podem rezar.

Esta comunidade reza no muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, que constitui uma barreira externa da Esplanada e representa o único vestígio do Segundo Templo bíblico, construído pelo Rei Herodes.

Ben Gvir visitou o local em diversas ocasiões, acompanhado por colonos e membros da extrema direita israelense.

No passado, o político foi acusado mais de 50 vezes e condenado oito vezes por tumulto, vandalismo e incitação ao racismo, além de ter uma longa lista de ações provocativas contra palestinos.

Antes de se tornar membro do parlamento, ele guardou durante anos uma foto de Baruch Goldstein, que assassinou 29 palestinos na chamada Caverna dos Patriarcas em 1994, em sua sala de estar.

mem/rob/hb

RELACIONADAS

Edicão Portuguesa