Foi o que afirmou Ricardo Gil, assessor da Secretaria Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo, que advertiu que se o Uruguai fosse avaliado hoje pelo Grupo de Ação Financeira da América Latina (Gafilat), provavelmente entraria na chamada “lista cinza”.
Essa é uma classificação que inclui países com deficiências estratégicas na prevenção da lavagem de dinheiro.
De acordo com o funcionário, na última avaliação de 2019, o Uruguai já estava “à beira” dessa lista.
Ele ressaltou que entrar nessa lista poderia ter consequências negativas para a economia nacional, gerando desconfiança nos mercados internacionais e aumentando os controles sobre as transações com entidades uruguaias.
Gil falou ao parlamento sobre a necessidade de fortalecer as capacidades de investigação e supervisão e atualizar a estrutura regulatória para garantir que o país continue comprometido com os padrões internacionais de transparência e prevenção de crimes econômicos.
Ele é ex-presidente do Conselho de Transparência e Ética Pública (Jutep).
Foi acompanhado na legislatura pelo pró-secretário da Presidência, Jorge Díaz, para explicar a criação do Sistema Integrado de Combate ao Crime Organizado e ao Tráfico de Drogas e um projeto de lei com mudanças nos regulamentos atuais sobre a prevenção da lavagem de dinheiro.
Gil comentou que no Uruguai as condenações por lavagem de dinheiro “são muito poucas”.
Ele disse que os resultados são medidos em termos de condenações, bens confiscados e organizações desmanteladas.
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