Em algumas zonas, alguns comércios ainda não estão prestando serviços, mas em geral, a vida voltou à normalidade depois de dias de saques, interrupção de estradas e vandalismo de bens públicos e privados.
No dia anterior, sete pessoas foram condenadas a um ano e oito meses de prisão pelo Tribunal Distrital de Luanda por vandalismo e pilhagem, além de terem de pagar uma multa de 50.000 kwanzas (cerca de 54 dólares), naqueles que foram os primeiros julgamentos dos envolvidos. Dois foram absolvidos.
As autoridades informaram que mais de 1.200 pessoas foram presas desde 28 de julho e, na quarta-feira, começaram os processos judiciais contra os supostos envolvidos nos atos.
De acordo com o Conselho Superior da Magistratura Judicial, o Tribunal Distrital de Luanda, no Palácio Dona Ana Joaquina, realizou simultaneamente cinco julgamentos sumários, com um total de 22 acusados de participação em um motim.
No Tribunal de Belas, por sua vez, foram realizados três processos sumários contra 15 cidadãos acusados de roubo, vandalismo, furto qualificado e incitação pública ao crime.
Também no Tribunal Distrital de Dande, 61 cidadãos compareceram perante o Juiz de Garantia para seu interrogatório inicial.
Todos esses procedimentos continuarão nesta quinta-feira, quando outro grupo de pessoas será levado a julgamento.
Desde segunda-feira, protestos têm ocorrido em Luanda, resultando em ações violentas, assaltos a lojas e danos à propriedade privada e pública, durante os quais 22 pessoas foram mortas e 197 ficaram feridas, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Ministério do Interior.
Os distúrbios também foram registrados, em menor escala, nas províncias de Huambo, Icolo e Bengo, Huíla e Benguela.
Um policial foi morto, enquanto na quarta-feira, com a melhora da situação de segurança pública, as principais operadoras de transporte público em Luanda retomaram seus serviços regulares, notadamente TCUL, Rosalina Express, Huambo Express, Empala, Macon, Camcon, Angoaustral e Strang.
mem/kmg/bm