Quarta-feira, Agosto 06, 2025
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Campanha Internacional “Libertem Cristina” Avança

Buenos Aires, 31 de jul (Prensa Latina) A campanha internacional "Libertem Cristina", que busca a revogação da pena que mantém a ex-presidente da Argentina em prisão domiciliar e em situação de inabilitação, avança hoje na América Latina e em outras partes do mundo, segundo o Partido Justicialista (PJ).

Buscando promover uma agenda comum entre as diversas forças políticas da região, o PJ se articulou com partidos políticos locais para realizar encontros na Bolívia, Brasil e México, nos quais será denunciada a perseguição política a Cristina Fernández.

O Supremo Tribunal Federal confirmou a pena de seis anos de prisão — comutada para prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica — e a inabilitação política em junho, no caso judicial da Viabilidade, que especialistas jurídicos consideram estar repleto de graves irregularidades.

Na noite passada, uma delegação de parlamentares do PJ viajou ao México para lançar o comitê pela libertação de Cristina; outros viajaram ao Brasil e à Bolívia como parte da intensificação da campanha.

A delegação argentina, liderada pela senadora justicialista Lucía Corporacci, apresentará sua denúncia no Congresso Pan-Americano Anual de Legisladores, organizado pela Internacional Progressista, na Cidade do México, que será realizado de quinta a domingo.

E na segunda-feira, dia 4, lançarão o Comitê “Cristina Libre” na Universidade Autônoma do México, em uma reunião com a presença dos deputados argentinos Leila, Chaer, Tomás Ledesma, Carolina Gaillard e Itai Hagman, além da senadora Corporacci.

A eles se juntarão o senador Oscar Parrilli, a secretária de Integração Regional do Partido Juventud (PJ), Soledad Magno, e líderes da coalizão governista Morena.

Nesse mesmo dia e na terça-feira, dia 4, ainda que em Brasília, farão apresentações no Fórum de Partidos Políticos Progressistas, na Fundação Friedrich-Ebert, o parlamentar argentino Franco Metaza, do Mercosul, e o líder justicialista Jorge Taiana, que foi Ministro das Relações Exteriores e Ministro da Defesa.

Anteriormente, ambos participaram do Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores Brasileiros, em Brasília, onde presenciarão a instalação do Comitê “Cristina Livre” no Brasil.

Também será realizado um encontro em Cochabamba, Bolívia, no âmbito do “Bicentenário do Estado Plurinacional da Bolívia”. A deputada portenha Magdalena Tiesso participará, a convite de Evo Morales, e o dirigente sindical argentino Hugo Godoy.

O objetivo é consolidar a denúncia de “lawfare” contra Cristina Fernández e promover uma agenda comum entre as forças políticas da América Latina, além de apresentar o Comitê “Cristina Livre” na Bolívia.

Os promotores da campanha, que trabalham para consolidá-la na região, também divulgaram anúncios em diversas plataformas digitais e documentos com detalhes sobre a perseguição contra Cristina.

Uma das mensagens em vídeo explica quem foram os funcionários do judiciário que promoveram o caso Vialidad e seus vínculos com o ex-presidente Mauricio Macri.

Da mesma forma, compartilharam um documento nas redes sociais afirmando que a proibição da ex-dignitária é resultado de perseguição política na justiça, perpetrada por poderes econômicos e midiáticos e executada sem provas pelo Supremo Tribunal de Justiça.

Após qualificarem o caso Vialidad de farsa, reafirmaram a alegação de que “foram violadas as garantias do juiz natural, o devido processo legal e o princípio ‘non bis in idem’, que proíbe processar uma pessoa duas vezes pelo mesmo delito”.

O documento da PJ sustenta que a proibição política “provoca a ruptura do pacto democrático de 1983, negando ao povo o direito de eleger livremente”.

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