O segundo maior refinador de petróleo privado do país sul-asiático acusou o gigante da tecnologia dos EUA de suspender unilateralmente o acesso a suas ferramentas digitais, dados e serviços proprietários licenciados, apesar de não ter nenhuma obrigação legal de fazê-lo de acordo com as leis dos EUA ou da Índia.
A empresa acrescentou que as sanções foram impostas exclusivamente pela UE e, portanto, não deveriam justificar a interrupção do serviço por uma empresa sediada nos EUA.
“Essa decisão, baseada apenas na interpretação da Microsoft sobre as sanções da UE, estabelece um precedente perigoso de alcance corporativo e levanta sérias preocupações sobre suas implicações para o ecossistema energético da Índia”, disse a Nayara Energy Ltd em um comunicado.
O Tribunal Superior de Delhi notificou a gigante da tecnologia dos EUA sobre a petição apresentada pela Nayara Energy Ltd. para uma liminar provisória e restauração imediata dos serviços de suas operações, de acordo com a mídia local.
Presidida pelo juiz Purushaindra Kumar Kaurav, a bancada admitiu a petição da empresa petrolífera, parceira da Rosneft da Rússia, e ordenou que a Microsoft apresentasse uma resposta na quarta-feira sobre a reclamação.
Um relatório do correspondente da Russia Today (RT) na Índia lembrou que, no início deste mês, a UE anunciou medidas restritivas sobre a refinaria Vadinar, de propriedade da Nayara.
As novas medidas ilegais têm como alvo o setor petrolífero e incluem a proibição de importações de produtos petrolíferos refinados a partir do petróleo bruto russo, e foram as primeiras impostas a uma refinaria indiana, observou o canal de TV russo.
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