O Ministério Público registrou 9 mil 220 casos, ante 6.114 no ano anterior, refletindo um aumento preocupante, destacaram as Emissoras Unidas com base em um relatório elaborado pela organização Refugio de la Niñez.
O crime de abuso infantil lidera o número de casos, com 5 mil 293, seguido pela violência, com 2.490, agressão sexual, com 1.074, e tráfico de pessoas, com 190, observou o veículo.
Posteriormente, acrescentou, há casos de chantagem por meio de tecnologia (76), posse, venda e distribuição de pornografia (72), emprego em atividades laborais nocivas (17) e atos sexuais remunerados com menores (8).
Ela mencionou os departamentos com mais denúncias como a capital (2.233), Alta Verapaz (742), Escuintla (643), Quetzaltenango (619) e San Marcos (617).
Os dados mostram que meninas e adolescentes representam a maioria das denúncias, com 6 mil 086, enquanto os meninos respondem por 3.134, segundo a fonte.
Não são apenas números; são vidas afetadas, alertou o Centro de Acolhimento Infantil, que pediu proteção urgente a esse segmento da população no país.
“O Centro de Acolhimento Infantil mantém sua postura de tolerância zero a todas as formas de violência contra meninas, meninos e adolescentes”, afirma o relatório. A entidade também reafirmou seu compromisso de continuar trabalhando para restaurar os direitos humanos de menores neste território centro-americano.
Pesquisadores apontaram que a demora nas investigações e nos processos subsequentes é um problema sistemático e generalizado no setor judiciário do país.
Casos envolvendo crianças deveriam ser uma “prioridade para o governo”, mas descartaram que isso ocorra.
Organizações guatemaltecas lançaram a campanha “Vamos Cuidar das Crianças”, com foco na conscientização da população, em particular, sobre a proteção contra o abuso sexual infantil.
arc/znc/glmv