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Guatemala disposta a receber cidadãos locais e centro-americanos EUA

Cidade da Guatemala, 23 de julho (Prensa Latina) A Guatemala está disposta a receber seus cidadãos e centro-americanos deportados pelos Estados Unidos, afirmou o Ministro das Relações Exteriores, Carlos Ramiro Martínez, em entrevista divulgada hoje por um veículo de notícias.

Após assinar um recente documento migratório (chamado de troca de notas) com o governo do norte referente à expulsão de migrantes, o Ministro das Relações Exteriores descartou a possibilidade de se tratar de um acordo de terceiro país seguro.

As diferenças são facilmente perceptíveis pela comparação dos dois textos, afirmou o chefe da diplomacia guatemalteca ao jornal Prensa Libre.

“Este não é um acordo de terceiro país seguro porque a lógica era que a Guatemala receberia pessoas que, a partir daqui, iniciassem seu pedido de asilo nos Estados Unidos. Isso não existe mais”, explicou. Atualmente, observou ele, o governo do presidente Donald Trump nos Estados Unidos não concede asilo ou refúgio, portanto, o conceito de um terceiro país seguro não se aplica, enfatizou a autoridade.

Ele enfatizou que o pacto mais recente se limita ao retorno digno e seguro das pessoas, ao mesmo tempo em que destacou que esta nação tem a obrigação de receber seus cidadãos retornados, “e agora estamos estendendo essa disposição aos centro-americanos”.

Basicamente, esses são os países do Acordo Centro-Americano de Livre Circulação, conhecido como (CA-4), explicou a autoridade. “É isso que está combinado”, afirmou Martínez.

“Não estamos recebendo migrantes de outras nacionalidades; não é um Acordo de Terceiro País Seguro. Se um salvadorenho, hondurenho ou nicaraguense for interceptado nos EUA, ele pode ser transferido para a Guatemala para facilitar seu retorno ao seu local de origem”, exemplificou.

Ele negou que haja qualquer prazo ou cota, “estabelece que pode ser rescindido com aviso prévio de 30 dias por qualquer uma das partes, mas é válido por tempo indeterminado”.

Então, basicamente, para que não haja nenhuma interpretação errônea da minha parte, o que ocorre é que, ao retornar, tanto guatemaltecos quanto centro-americanos retornam diretamente à Guatemala, enfatizou.

Ele explicou que cada voo ou transporte terrestre chega com manifestos antecipados; sabe-se quem está chegando: unidades familiares, menores desacompanhados, homens adultos.

Com base nessas informações, a recepção é organizada na Força Aérea, Zona 13 da capital, ou na fronteira com o México, em Tecún Umán, em San Marcos, enfatizou o ministro.

Em relação aos demais centro-americanos, ele explicou que, ao chegarem a este país, “eles são levados ao centro de atendimento ao retornado”.

Lá, sua situação é revisada, recebem assistência e é realizada a coordenação com os consulados para seu retorno. Se desejarem ficar, também podem fazê-lo legalmente, destacou o ministro das Relações Exteriores.

Ele considerou que eles poderiam solicitar asilo na Guatemala, já que “os Estados Unidos estão expulsando pessoas, não concedendo asilo ou refúgio, nem oferecendo proteção alternativa”.

rc/znc/glmv

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