De acordo com o Ministério do Comércio, ambas as partes concordaram com a reunião com o objetivo de dar continuidade ao diálogo no âmbito do mecanismo de consulta bilateral.
De acordo com o ministério, as delegações chinesa e americana discutirão questões econômicas e comerciais de interesse mútuo, sob os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mutuamente benéfica.
Esta nova reunião faz parte das negociações iniciadas em junho passado, quando ambas as delegações se encontraram no Reino Unido e chegaram ao chamado “Quadro de Londres”.
Beijing e Washington firmaram um pacto comercial em 12 de maio, por meio do qual se comprometeram a reduzir significativamente as tarifas e a tomar outras medidas para aliviar as tensões, além de estabelecer um mecanismo permanente de consultas econômicas e comerciais.
No entanto, as tensões bilaterais continuaram a aumentar depois que os Estados Unidos acusaram a China de violar os compromissos daquele acordo, enquanto o gigante asiático denunciou o país do norte por adotar novas medidas restritivas a semicondutores e anunciar o cancelamento de vistos para estudantes chineses.
A disputa foi abordada pelos presidentes Xi Jinping e Donald Trump em um telefonema no início de junho, o primeiro desde a imposição das chamadas “tarifas recíprocas” e a guerra tarifária que elas desencadearam.
Após as negociações em Londres, o Ministério do Comércio indicou que Beijing “analisará e aprovará os pedidos de exportação de bens controlados que atendam às condições previstas em lei”, em uma aparente referência às terras raras, cuja produção é controlada pela China e que permanecem sujeitas a restrições de exportação.
“Espera-se que os Estados Unidos e a China encontrem um meio-termo e cumpram o importante consenso e os requisitos alcançados pelos chefes de Estado em 5 de junho”, disse o ministério em referência ao telefonema entre os presidentes.
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