O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, reiterou a oposição de Beijing a essas medidas unilaterais, que “não têm base no direito internacional e não foram autorizadas pelo Conselho de Segurança da ONU”.
De acordo com o porta-voz, Beijing sempre agiu de forma responsável em relação à crise ucraniana, promovendo o diálogo e a resolução pacífica do conflito, sem fornecer armas letais a nenhum dos lados e mantendo um controle rigoroso sobre a exportação de produtos de uso duplo.
Guo observou ainda que a cooperação normal entre empresas chinesas e russas não deve ser afetada por medidas políticas externas e disse que esses laços comerciais são legítimos e respeitam as normas internacionais.
“Pedimos à UE que pare de prejudicar os interesses legítimos das empresas chinesas na ausência de provas concretas. A China tomará as medidas necessárias para defender firmemente os direitos e interesses legítimos de suas empresas”, disse o porta-voz. De acordo com o porta-voz, as ações da UE são contrárias ao consenso alcançado pelos líderes da China e da Europa e terão um impacto negativo nas relações econômicas e comerciais, bem como na cooperação financeira entre os dois lados.
A disputa sobre a questão ocorre em meio aos preparativos para uma cúpula de alto nível entre o presidente da China e os principais representantes do bloco europeu, a ser realizada aqui nesta semana para marcar o 50º aniversário das relações diplomáticas.
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