Durante a Cúpula realizada no Palácio de La Moneda, o presidente uruguaio, Yamandú Orsi, apelou aos progressistas e à esquerda para uma autocrítica sobre os motivos pelos quais este sistema de governo está perdendo credibilidade.
O presidente descreveu a democracia como o melhor modelo de convivência encontrado pela humanidade, em cuja defesa houve grandes sacrifícios e muitas vidas perdidas, mas agora está novamente em perigo.
Se estivermos cientes de que não estamos fazendo todos os esforços possíveis para impedir o crescimento do extremismo e a perda de confiança no diálogo, sem dúvida, ganharemos mais apoio na busca pela igualdade e pela liberdade, afirmou Orsi.
Precisamos, observou ele, fazer uma proposta com elementos concretos, como o combate à desigualdade, a defesa das instituições e a sustentabilidade — questões que as pessoas e as comunidades sentem como suas.
Na mesma linha, o presidente colombiano, Gustavo Petro, afirmou que, no âmbito ibero-americano, precisamos reacender a lanterna de Diógenes, iluminando um mundo que se torna cada vez mais escuro.
Sobre o encontro no Chile, Petro disse que os presidentes se aprofundaram em questões básicas, como a crise climática, a inteligência artificial, a paz, o multilateralismo e a defesa de princípios como a liberdade.
Por sua vez, o anfitrião do encontro, Gabriel Boric, enfatizou que, neste mundo, ninguém se salva sozinho, seja no nível dos Estados, das sociedades ou dos indivíduos.
Desafios como a crise climática, as pandemias, a migração e a criminalidade internacional só podem ser resolvidos se forem enfrentados em conjunto.
O presidente enfatizou que não basta criticar quem pensa diferente, mas sim ser capaz de propor uma alternativa capaz de gerar resultados e melhorar as condições de vida das pessoas.
Sobre este tema, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, alertou que as desigualdades são o terreno fértil usado pela extrema direita para espalhar o vírus do extremismo e da polarização.
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