A Secretaria de Infraestrutura, Comunicações e Transportes respondeu assim, depois que os Estados Unidos ameaçaram impor restrições às companhias aéreas deste país devido a supostos prejuízos às empresas norte-americanas pela realocação das operações para o AIFA.
O ministério destacou que, como parte de uma estratégia integral para fortalecer o sistema aeroportuário do Vale do México, as autoridades implementaram medidas destinadas a melhorar a segurança, a eficiência e a competitividade do setor aéreo.
Entre essas ações, estão a redução programada das operações no Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM), a transferência das operações de carga para o Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA) e a modernização da infraestrutura aeroportuária metropolitana.
Acrescentou que a construção, em tempo recorde, do AIFA melhorou as condições de operação e segurança aeronáutica que se apresentavam devido à saturação do AICM.
A Secretaria referiu-se ao Estudo de Capacidade por Níveis de Serviço dos Edifícios Terminais do Aeroporto Internacional da Cidade do México, elaborado pelo AICM em 2023, no qual se alertava para o risco para os usuários e o não cumprimento dos espaços mínimos de serviço.
Este último, de acordo com os critérios emitidos pela Associação Internacional de Transporte Aéreo, daí a decisão de privilegiar a segurança dos passageiros e a eficiência operacional.
Tal determinação resultou em 22% menos tempo de ocupação na pista, graças a uma melhor gestão do espaço aéreo e redução da sobrecarga operacional, e 83% menos tempo de espera na imigração, passando de 45 para oito minutos.
Além disso, houve um aumento de 69% na eficiência dos filtros de segurança, com uma redução de 22 para sete minutos; terceiro lugar mundial em pontualidade, resultado de menor saturação, menos atrasos e processos mais ágeis para os usuários.
Por outro lado, destacou que o AIFA permitiu redistribuir voos e melhorar a eficiência do sistema aeroportuário na região, descongestionando em tempo recorde as operações de carga do AICM.
Entre os resultados da transferência do AICM para o AIFA, ele mencionou 161% mais companhias aéreas de carga, passando de 18 no primeiro para 47 no segundo, e mais de 843 mil toneladas transportadas entre fevereiro de 2023 e julho de 2025, em comparação com as 250 mil toneladas anuais que o AICM operava em 2022.
Da mesma forma, disponibilidade total de slots, sem restrições horárias, em uma infraestrutura moderna, robusta e especializada.
O México afirmou que continuará trabalhando de forma coordenada com todos os atores – companhias aéreas, autoridades estrangeiras e organismos internacionais – para garantir que as decisões tomadas se traduzam em benefícios tangíveis para os passageiros e em um crescimento sustentável para a indústria aérea.
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