Quarta-feira, Julho 30, 2025
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Mais de mil mortos por violência no sul da Síria

Damasco, 20 de julho (Prensa Latina) O número de mortos após uma semana de violentos confrontos na província de Sweida, no sul da Síria, ultrapassou mil, de acordo com um novo balanço documentado hoje por entidades de direitos humanos.

Os relatórios publicados por vários meios de comunicação detalharam que 336 combatentes e 298 civis da comunidade drusa morreram, incluindo 194 que foram executados.

Além disso, 342 membros do Ministério da Defesa e do Serviço de Segurança Geral perderam a vida durante os confrontos, além de 21 combatentes das tribos beduínas, três dos quais eram civis executados por militantes drusos.

Por outro lado, os ataques aéreos israelenses durante a escalada causaram a morte de 15 membros das forças governamentais.

Nesse contexto, o porta-voz do Ministério do Interior sírio, Noureddine Al-Baba, anunciou que a cidade de Sweida foi evacuada de todos os combatentes tribais e que os confrontos nos bairros urbanos cessaram.

Por sua vez, o ministro do Interior, Anas Khattab, afirmou que, após vários dias sangrentos, as Forças de Segurança Interna conseguiram impor um cessar-fogo em Sweida, abrindo caminho para a troca de prisioneiros e o retorno gradual à estabilidade em toda a província.

Em meio à crítica situação humanitária que vive a região, a Cruz Vermelha Árabe Síria enviou um comboio de ajuda humanitária a Deraa, como parte de sua resposta à emergência.

A organização explicou em um comunicado que os caminhões que chegaram hoje se somam a outros sete anteriores, elevando para 17 o número total, com provisões para cerca de cinco mil famílias deslocadas de Sweida.

Da mesma forma, o governo enviou a Sweida um comboio de assistência médica, alimentos e ajuda humanitária.

No entanto, de acordo com denúncias das autoridades, o líder druso Hikmat Al-Hajri recusou-se a permitir a entrada da delegação oficial do governo.

Anteriormente, a presidência síria anunciou um cessar-fogo imediato e integral, em resposta à crítica situação humanitária e de segurança que o país atravessa, com o objetivo de conter o derramamento de sangue e preservar a unidade do território nacional.

Cerca de 800 mil habitantes de Sweida enfrentam condições dramáticas devido à escassez de produtos básicos, alimentos, medicamentos e uma grave falta de leite para crianças.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, declarou que o derramamento de sangue e a violência devem cessar em Sweida e pediu a construção de “uma nova Síria que trabalhe para todos os seus cidadãos, iguais em dignidade e sem discriminação”.

oda/fm/mb

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