Durante um evento ontem à noite pelo 46º aniversário da Vitória da Revolução Popular Sandinista, o mandatário lembrou a época da invasão norte-americana liderada pelo filibustero americano William Walker e como os nicaraguenses travaram a batalha para destruir o opressor ianque.
Diante de milhares de compatriotas e representantes de países amigos reunidos na Praça da Fé, nesta capital, Ortega destacou que este país tem uma “história incrível” e que os nicaraguenses devem se sentir orgulhosos de suas raízes indígenas.
“Todos nós temos sangue indígena, uns mais, outros menos, e temos que nos sentir orgulhosos desse sangue indígena”, enfatizou.
Em seu discurso, o líder sandinista destacou as conquistas da Revolução nos últimos anos, ao mesmo tempo em que mencionou os investimentos em moradias, hospitais e estradas; ações que impulsionam o desenvolvimento econômico e social do país e estão relacionadas à luta contra a pobreza.
Ortega disse aos jovens que há paz na Nicarágua, mas pediu que fiquem alertas, pois, segundo ele, o inimigo não descansa na preparação de ações para causar dor às famílias nicaraguenses.
“Por isso, temos que nos manter sempre com todas as tarefas que devemos fazer, sem descuidar da vigilância revolucionária, para que assim não haja espaço para os terroristas, os vendapátrias, os traidores”, afirmou.
No âmbito internacional, o governante se referiu aos Estados Unidos e seus aliados europeus que tentam destruir a Rússia e a China, países que, segundo ele, salvaram a humanidade.
Por outro lado, explicou que o fascismo tem suas raízes na Europa e lembrou que o que vários países fizeram foi colonizar nações da África, onde deixaram milhões de vítimas.
Ele aludiu ao conflito israelo-palestino e como as forças sionistas destruíram essa nação árabe com o único objetivo de fazer desaparecer esse povo.
São criminosos confessos, afirmou Ortega referindo-se a Israel, e afirmou que eles estão armados por nações europeias e pelos Estados Unidos.
O que faz a Organização das Nações Unidas (ONU) – perguntou Ortega – ao mesmo tempo em que afirmou que esse mecanismo multilateral é um instrumento dos países que querem dominar o mundo.
Em suas palavras, o líder nicaraguense transmitiu um abraço aos 252 venezuelanos libertados neste sábado após serem deportados dos Estados Unidos e depois detidos ilegalmente em El Salvador.
“Damos um abraço aos 252 irmãos venezuelanos que já estão com suas famílias e damos todo o nosso carinho e amor a todas as crianças que conseguiram se recuperar, que estavam separadas de suas mães nos Estados Unidos”.
Além disso, ele exortou os países da América Latina e do Caribe a alcançarem a unidade na luta pela paz e pelo bem-estar dos povos, eliminando a pobreza.
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