O estudo, realizado em todo o país entre 2001 e 2022, incluiu quase 100.000 mulheres. Constatou-se que o risco era especialmente pronunciado entre aquelas com transtornos pré-menstruais diagnosticados antes dos 25 anos e entre aquelas que sofriam de depressão pós-parto.
Os sintomas pré-menstruais, que aparecem alguns dias antes da menstruação e depois desaparecem, incluem a síndrome pré-menstrual e sua forma mais grave, o transtorno disfórico pré-menstrual, e podem ser tanto psicológicos quanto físicos. Para aumentar a eficácia desta pesquisa, os autores também compararam as irmãs, permitindo-lhes controlar fatores genéticos e sociais compartilhados, como educação. A ligação entre sintomas pré-menstruais e doenças cardiovasculares permaneceu mesmo quando variáveis como tabagismo, índice de massa corporal e saúde mental foram consideradas no estudo.
Altos níveis de inflamação crônica, anormalidades metabólicas e outros fatores estão implicados na ligação entre sintomas pré-menstruais e saúde cardiovascular, de acordo com os dados.
Ao analisar diferentes tipos de doenças cardiovasculares, os pesquisadores descobriram que a relação era especialmente forte para distúrbios do ritmo cardíaco (arritmias), onde o risco era 31% maior.
O mesmo se aplicava a acidentes vasculares cerebrais causados por coágulos sanguíneos, onde o risco era 27% maior.
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