Quarta-feira, Julho 30, 2025
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Preocupação no Equador: Aprovação de arroz “geneticamente modificado”

Quito, 16 jul (Prensa Latina) Organizações ambientais, ativistas e políticos do Equador continuam preocupados hoje com a aprovação, pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, do uso de sementes de arroz com a chamada "edição genética", apesar da proibição constitucional.

O deputado Luis Fernando Molina, do partido Revolução Cidadã, solicitou ao Ministério que explique os estudos, os impactos e a base legal que sustentam a decisão de permitir o registro e a comercialização desses produtos.

Molina alertou que os artigos 15 e 401 da Constituição proíbem o plantio e o uso de sementes geneticamente modificadas para fins comerciais, portanto, permitir variedades manipuladas violaria a Constituição.

O coletivo Ação Ecológica explicou nas redes sociais que as diferenças entre os métodos transgênicos tradicionais e a chamada “edição genética” são mínimas, já que ambos alteram o DNA das plantas.

Mesmo que afirmem que não se trata de uma planta geneticamente modificada, seu DNA foi alterado e deveria estar sujeito às mesmas restrições constitucionais, afirmou a organização.

Entre as principais preocupações mencionadas por grupos ambientalistas estão o aumento do uso de herbicidas, a perda de biodiversidade, a contaminação do solo e das fontes de água, além dos potenciais efeitos na saúde humana, como doenças crônicas não transmissíveis.

O coletivo Equador Livre de Transgênicos afirmou que a medida ameaça a soberania alimentar do país e pediu às autoridades e aos cidadãos que defendam a agricultura tradicional.

Até o momento, não há nenhum comunicado oficial sobre os alertas sobre o impacto da medida.

ro/avr/ls

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