O deputado Luis Fernando Molina, do partido Revolução Cidadã, solicitou ao Ministério que explique os estudos, os impactos e a base legal que sustentam a decisão de permitir o registro e a comercialização desses produtos.
Molina alertou que os artigos 15 e 401 da Constituição proíbem o plantio e o uso de sementes geneticamente modificadas para fins comerciais, portanto, permitir variedades manipuladas violaria a Constituição.
O coletivo Ação Ecológica explicou nas redes sociais que as diferenças entre os métodos transgênicos tradicionais e a chamada “edição genética” são mínimas, já que ambos alteram o DNA das plantas.
Mesmo que afirmem que não se trata de uma planta geneticamente modificada, seu DNA foi alterado e deveria estar sujeito às mesmas restrições constitucionais, afirmou a organização.
Entre as principais preocupações mencionadas por grupos ambientalistas estão o aumento do uso de herbicidas, a perda de biodiversidade, a contaminação do solo e das fontes de água, além dos potenciais efeitos na saúde humana, como doenças crônicas não transmissíveis.
O coletivo Equador Livre de Transgênicos afirmou que a medida ameaça a soberania alimentar do país e pediu às autoridades e aos cidadãos que defendam a agricultura tradicional.
Até o momento, não há nenhum comunicado oficial sobre os alertas sobre o impacto da medida.
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