O tracoma é conhecido no Senegal desde o início do século XX e foi confirmado como uma das principais causas de cegueira por meio de pesquisas realizadas nas décadas de 1980 e 1990.

“Hoje celebramos nossa vitória contra o tracoma, 21 anos após a vitória contra a dracunculose”, declarou o Dr. Ibrahima Sy, Ministro da Saúde e Ação Social do Senegal.

“Este novo marco nos lembra que nosso principal objetivo continua sendo um Senegal livre de doenças tropicais negligenciadas.” “Estamos totalmente comprometidos com isso e estamos fazendo progressos significativos, particularmente contra a tripanossomíase humana africana (doença do sono) e a oncocercose”, afirmou.

Globalmente, o Senegal se junta a outros 24 países que foram validados pela OMS por terem eliminado o tracoma como um problema de saúde pública.

Esta doença é encontrada principalmente nas áreas mais pobres e rurais da África, América Central e do Sul, Ásia, Pacífico Ocidental e Oriente Médio.

A Região Africana da OMS é desproporcionalmente afetada por esta doença: em abril de 2024, 93 milhões de pessoas viviam em áreas de risco, representando 90% da carga global de tracoma.

É uma doença tropical negligenciada causada pela infecção pela bactéria Chlamydia trachomatis, que se espalha de pessoa para pessoa por meio de superfícies contaminadas, fômites e moscas que entraram em contato com secreções oculares ou nasais de uma pessoa infectada.

De acordo com especialistas, infecções repetidas podem causar cicatrizes, pálpebras voltadas para dentro e, por fim, cegueira.

Os fatores de risco ambientais para transmissão incluem higiene precária, moradias superlotadas e acesso insuficiente à água e saneamento.

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