“Esse plano logístico será reforçado. Teremos reuniões com as Forças Armadas e a Polícia para desenvolver esse plano, com o único objetivo de que todos os bolivianos possam exercer a democracia”, disse o membro do TSE Gustavo Ávila em uma coletiva de imprensa.
Ele antecipou que o plenário do TSE tomará uma posição institucional nesta terça-feira sobre as ameaças “pronunciadas publicamente pela líder do Partido Ação Nacional (PAN-BOL), Ruth Nina, que disse que em agosto eles vão contar mortes em vez de votos”.
Nina reagiu à desqualificação do primeiro ex-presidente indígena da Bolívia por uma decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP) e à retirada pelo TSE do status legal do PAN-BOL, o partido que está tentando candidatar Morales à presidência.
Ávila disse aos repórteres que Nina havia cometido o crime de “incitação pública a cometer um crime” e pediu às autoridades que agissem “imediatamente”.
Asseguro-lhes que o plenário da Câmara”, disse ele, “também emitirá um pronunciamento sobre o assunto”.
A autoridade eleitoral insistiu que “nenhum boliviano pode estar acima da Constituição Política do Estado”.
Ele acrescentou que o TSE não permitirá que nenhum cidadão coloque em risco ou ameace o direito democrático dos mais de sete milhões e 500 mil cidadãos aptos a votar.
Ávila lembrou que a obstrução de um processo eleitoral constitui crime e afirmou que o TSE recorrerá “às autoridades competentes caso isso ocorra” em 17 de agosto, data das eleições gerais.
“Em minha opinião pessoal, e reafirmo com veemência, nenhum cidadão está acima da Constituição e nenhum cidadão pode ameaçar restringir o direito de outro boliviano (…)”, disse ele.
O porta-voz do TSE confirmou que sete milhões e 500 mil bolivianos estão aptos a votar no dia das eleições gerais.
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