O líder da rede foi identificado e detido por agentes do Centro de Operações de Cibersegurança na cidade nortista de Milão, depois de uma investigação coordenada com a Polícia Postal, segundo um relatório publicado nesta segunda-feira no site oficial da força policial.
As investigações foram iniciadas depois que várias empresas da região da Lombardia, especializadas em design gráfico e produção de filmes, bem como organizações não governamentais, relataram que sofreram ataques de ransomware, bloqueando o acesso aos dados e exigindo pagamento para restaurá-los.
As vítimas relataram a criptografia de seus sistemas de computador, o que levou à paralisação de seus processos de produção e, para recuperar o acesso aos dados e retomar as operações, tiveram que pagar aos cibercriminosos um grande resgate em criptomoedas, afirma o documento.
A investigação, coordenada pelo Ministério Público de Milão, foi conduzida em duas frentes, uma com foco na análise forense abrangente dos sistemas de computador atacados pelo grupo de hackers e a segunda com foco no exame do blockchain para pagamentos de criptomoedas.
Uma força-tarefa coordenada pela Agência da União Europeia para Cooperação Policial (Europol), com a participação de serviços de segurança da França e da Romênia, também foi criada, o que possibilitou determinar que um grupo de hackers romeno ativo, chamado Diskstation, estava por trás dos ataques.
Após a captura do líder desse grupo, um homem de 44 anos cuja identidade não foi revelada, a operação continua com o objetivo de prender outras pessoas envolvidas nesses atos criminosos, acrescenta a fonte.
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