A porta-voz indicou que a seção eleitoral planeja consultar os equatorianos sobre, além da questão das bases estrangeiras, a eliminação do financiamento estatal para partidos políticos, e poderia também incluir outras seis ou oito questões sobre produtividade, emprego e segurança jurídica.
A intenção do Executivo, acrescentou, é agrupar todas as consultas em um único pacote eleitoral para reduzir custos.
O presidente equatoriano, Daniel Noboa, anunciou em entrevista a um veículo de comunicação internacional que o referendo seria realizado no final de 2025.
Em 3 de junho, a Assembleia Nacional aprovou a reforma do Artigo 5º da Constituição, que abre caminho para o estabelecimento de bases militares estrangeiras no país, mas a decisão final cabe aos equatorianos.
O presidente promove a iniciativa, argumentando a necessidade de apoio no combate ao crime organizado e ao narcotráfico; no entanto, há inúmeras questões.
Para a oposição, a presença militar estrangeira por si só não resolverá os problemas de segurança do país e o governo precisa de um plano claro para combater o crime sem comprometer a soberania nacional.
“As bases militares estrangeiras não só falharam no combate à insegurança, como também aprofundaram as desigualdades sociais e desviaram recursos que poderiam ser investidos em saúde, educação e desenvolvimento”, afirmou o Coordenador para a Paz, Soberania, Integração e Não Ingerência (CPAZ).
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