Desde 2022, a ONU discute a questão da punição financeira aos criminosos que infligiram sofrimento desproporcional ao povo haitiano.
Na época, um documento mencionou diretamente o ex-policial Jimmy Cherizier, conhecido como Barbecue, responsabilizando-o pela violência de gangues, tráfico de armas, ataques a funcionários da ONU, sequestro de cidadãos inocentes e violações de direitos humanos.
Eles propuseram um bloqueio à compra ou transferência direta ou indireta de armas para gangues criminosas ou seus líderes.
Em 2025, as gangues já haviam passado de 80% do controle de Porto Príncipe para 85%.
Então, neste ano, o presidente dos EUA, Donald Trump, designou as gangues Viv Ansanm e Grand Grif como organizações terroristas, permitindo que os bandidos tomassem o controle de 90% da capital do Haiti.
Nas últimas horas, o Conselho de Segurança da ONU decidiu impor sanções específicas contra as coalizões de gangues haitianas Viv Ansanm e Grand Grif.
A medida foi tomada após os grupos terem sido oficialmente designados como organizações terroristas pelo governo Trump em maio passado.
Esta resolução contra os dois grupos visa combater o terrorismo e as atividades criminosas que estão desestabilizando o país e a região.
As sanções incluem congelamento de bens, proibições de viagens e embargos de armas, todos com o objetivo de limitar a capacidade operacional desses grupos.
As ações dessas gangues, incluindo sequestros, extorsões e confrontos com autoridades, contribuíram significativamente para mergulhar o país em um clima de terror e caos.
A ONU espera que as sanções ajudem a isolar esses grupos e reduzir sua capacidade de financiar suas atividades ilícitas.
Agora, o grande desafio é que essas medidas sejam aplicadas de forma eficaz e coordenada nos diferentes países para evitar que essas gangues continuem operando impunemente.
Emissoras de rádio locais comentaram que nenhuma medida contra as gangues será eficaz, já que os bandidos não viajam para fora do Haiti, não adquirem propriedades conspícuas, seja em seu próprio nome, ou mantêm suas fortunas em bancos nacionais ou estrangeiros.
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