Sábado, Julho 12, 2025
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A Itália registrou 68 casos de dengue no primeiro semestre de 2025

Roma, 11 de julho (Prensa Latina) De 1º de janeiro a 30 de junho de 2025, 68 casos de dengue foram detectados na Itália, todos importados, mas espera-se um ressurgimento da doença, com possíveis casos autóctones, durante o verão, indica um relatório divulgado hoje.

Um relatório do Instituto Superior de Saúde (ISS), publicado no site do jornal Il Sole 24 Ore, indica que os infectados pela doença durante o primeiro semestre deste ano foram pessoas que a contraíram principalmente durante viagens a países da América Central e do Sul, bem como ao Sudeste Asiático.

A idade média dos pacientes foi de 41 anos, e os homens predominaram, representando 51,0% do total, afirma o relatório, especificando que todos os infectados se recuperaram, sem complicações fatais graves.

Durante esse período, 22 casos de infecção humana pelo vírus chikungunya foram confirmados neste país europeu, todos relacionados a viagens ao exterior, particularmente para Madagascar, Ilha da Reunião e Sri Lanka.

A idade média dos infectados foi de 49 anos, com igual porcentagem de homens e mulheres, sem complicações graves ou óbitos, indica a análise.

Um estudo conjunto recente realizado na Itália pelo ISS e pela Fundação Bruno Kessler determinou que, entre 2006 e 2023, 1.435 casos importados de dengue e 142 casos de chikungunya foram confirmados neste país.

Nesse período, também foram diagnosticados 388 casos autóctones de dengue e 93 de chikungunya, algo que preocupa os especialistas, dado o aumento das infecções por esses vírus transmitidos neste país pelo chamado mosquito-tigre, cujo nome científico é Aedes albopictus.

Pesquisadores analisaram episódios de transmissão local durante esses anos, aplicando modelos matemáticos para analisar os surtos italianos e estimar o risco interno de transmissão, levando em consideração tanto a densidade populacional humana quanto dados entomológicos e climáticos.

Determinou-se que, como consequência das mudanças climáticas e do aumento gradual das temperaturas, essas doenças podem se tornar endêmicas na Itália, alertam os especialistas.

De fato, “o risco é generalizado”, enfatizam os autores do relatório, tornando necessário “aumentar o conhecimento clínico dessas infecções, manter altos níveis de vigilância e conscientizar aqueles que retornam de locais onde essas doenças estão presentes ou são endêmicas”.

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