O documento, que divulga uma análise de 54 páginas solicitada pelo deputado da esquerda alemã Ulrich Toden, apoiada por especialistas em direito internacional, aponta que Israel não demonstrou que o Irã estivesse perto de fabricar armas nucleares, requisito essencial para invocar o Artigo 51 da Carta da ONU sobre autodefesa.
Da mesma forma, indicou que, finalmente, não foi comprovada uma intenção firme de Teerã de usar eventuais armas atômicas contra Israel e que a operação León Alzado carecia de justificativa como último recurso para prevenir uma ameaça iminente.
De acordo com analistas, a intervenção americana só seria legal se os ataques israelenses fossem validados, enquanto o argumento de defesa coletiva apresentado por Washington é insustentável.
Toden classificou as conclusões como um tapa na cara do governo alemão, que apoiou tacitamente as ações israelenses.
O relatório surge semanas após os ataques israelenses de 13 de junho e uma resposta iraniana horas depois, após a intervenção americana em 22 de junho.
Enquanto isso, especialistas locais associam o documento às pressões europeias para evitar uma escalada no Oriente Médio e ao ceticismo alemão sobre a estratégia dos Estados Unidos na região.
O relatório também reacendeu o debate sobre o programa nuclear iraniano, que Teerã insiste ser pacífico.
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