Não se trata apenas de ajudar um país irmão, trata-se de defender um símbolo de resistência, dizem vozes do coração da luta camponesa brasileira. Outros dizem que a ilha está sempre presente onde é mais necessária, agora é hora de dar algo em troca.
Promovida pelo MST, um movimento organizado em 24 estados das cinco regiões do gigante sul-americano, a cruzada tem o objetivo urgente e claro de arrecadar fundos para a compra de medicamentos essenciais para os hospitais cubanos.
Esses centros de saúde estão enfrentando dificuldades devido ao endurecimento do bloqueio econômico dos EUA, especialmente depois que o presidente Donald Trump assinou recentemente um memorando que aumentará as restrições a Cuba.
A diretriz presidencial dos EUA busca reverter algumas das medidas introduzidas pelo governo de Joe Biden.
“A falta de energia, gás, medicamentos e suprimentos hospitalares está atingindo duramente o sistema de saúde cubano, e isso afeta diretamente a população mais vulnerável”, explicaram os organizadores, que já fizeram uma consulta formal ao Ministério da Saúde Pública de Cuba para obter uma lista de medicamentos prioritários.
A logística será complexa, mas transparente: os fundos arrecadados serão usados para a compra direta de medicamentos em laboratórios e seu posterior envio aéreo para Havana. Cada peso doado será uma dose de alívio.
“Sabemos que é apenas uma gota no oceano, mas não podemos nos calar diante da injustiça”, diz o MST, que espera contar com a ajuda de outras organizações populares.
Embora as redes sociais estejam começando a se encher de slogans de solidariedade, os organizadores insistem que a meta mínima deve ser ultrapassada para que a tarefa tenha um impacto real. Não se trata apenas de caridade, mas de justiça histórica.
A ação está apenas começando, mas já está germinando como uma semente de esperança. Em cada canto onde floresce a luta do MST, também está surgindo um gesto de amor revolucionário pela ilha que não desiste.
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