A aliança, resultado de 18 rodadas de negociações e que deverá ser assinada em 17 de julho, aprofunda o pacto militar da Trinity House assinado em outubro de 2023, que fortalece a cooperação na produção de drones, proteção de infraestruturas submarinas e desenvolvimento de mísseis de longo alcance, em um contexto de retirada progressiva das tropas estadunidenses na Europa.
Os pontos principais incluem a instalação de aviões espiões alemães P-8A Poseidon na Escócia para vigilância do Atlântico Norte, a construção de uma fábrica da Rheinmetall no Reino Unido para produzir armas de artilharia e projetos conjuntos de inteligência artificial e foguetes de longo alcance.
De acordo com a mídia local, o acordo com a estratégia europeia de autonomia estratégica foi acelerado após a guerra na Ucrânia e as incertezas sobre o envolvimento militar dos EUA na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O ex-chanceler alemão Olaf Scholz alertou em fevereiro que a Europa deve assumir maior responsabilidade por sua defesa.
Embora Berlim e Londres enfatizem que o pacto complementa e não substitui a OTAN, Moscou já descreveu iniciativas semelhantes como elementos de uma nova arquitetura militar antirrussa.
De acordo com o Kremlin, o documento incluirá exercícios conjuntos no flanco oriental da Aliança Atlântica, uma área de atrito com a Rússia.
Esse acordo bilateral marca um ponto de virada no relacionamento pós-Brexit entre os dois países e estabelece um precedente para alianças defensivas intraeuropeias. Sua implementação pode remodelar o equilíbrio militar regional, especialmente no Mar do Norte e no Báltico, onde ambos os países concentrarão suas operações.
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