A ocupação se diverte matando-os, afirmou o médico em declarações publicadas pela agência de notícias Shehab.
Al-Barsh alertou que os grupos mais vulneráveis, especialmente as crianças, são as principais vítimas da agressão em curso, que começou em outubro de 2023.
Esses números refletem a profundidade da crise humanitária enfrentada pelos moradores de Gaza, já que o exército impede deliberadamente a entrada de alimentos e medicamentos, enfatizou.
O funcionário citou relatórios do Programa Mundial de Segurança Alimentar, segundo os quais 1,2 milhão de palestinos em Gaza sofrem de insegurança alimentar, incluindo 785.000 crianças.
Desde o fechamento das passagens de fronteira de Gaza, foram registrados 8 mil 923 casos de desnutrição infantil, alertou.
O médico observou que as condições catastróficas não se limitam às crianças, mas também incluem milhares de pacientes que aguardam tratamento médico no exterior.
A esse respeito, ele revelou que pelo menos 546 pacientes morreram em Gaza devido à falta de tratamento adequado.
Israel não se contenta em impedir a entrada de alimentos; também ataca civis que tentam obter ajuda, criticou.
Em um relatório divulgado na semana passada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância revelou que um em cada cinco bebês no enclave costeiro nasce prematuro ou abaixo do peso devido à desnutrição e ao colapso dos serviços de saúde e saneamento.
Quase 11 mil mulheres grávidas enfrentam a fome na Faixa de Gaza e outras 17 mil precisam de tratamento urgente para desnutrição aguda, denunciou. A instituição destacou que 1,9 milhão de pessoas na Faixa, 90 porcento do total, foram forçadas a fugir de suas casas devido à guerra.
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