“O que estamos vivendo é uma guerra permanente contra o povo haitiano”, sublinhou Ted, que acusou as elites políticas de utilizar um orçamento de guerra como ferramenta de dominação, em conluio com forças internas e externas.
Ele enfatizou que os líderes atuais estão se unindo não para construir, mas para bloquear qualquer mudança estrutural.
Ressaltou que o chefe do Conselho Presidencial de Transição, Fritz Alphonse, está tentando se posicionar do lado certo da história, visto que o processo que ele agora lidera parece estar atolado, e que essa é uma estratégia individual, longe de um compromisso real com o país.
Não há conflito ideológico na liderança haitiana, mas sim uma luta por influência disfarçada de discordância política:
“Não se trata de uma questão de diferenças fundamentais, mas de um cabo de guerra para determinar quem controlará o Estado”, disse ele.
Eles – referindo-se ao CPT – manipulam a opinião pública para preservar o poder.
Alphonse sofre da síndrome de Manigat, ou seja, ele procura se dissociar de um fracasso coletivo para preservar sua própria imagem pessoal.
Essas posições – na opinião de Ted, citada pelo site Vant Bef Info – contribuem para aumentar a distância entre os líderes e a população.
“Não há visão ou projeto comum. Apenas a lógica dos interesses e a luta de egos”, enfatizou.
O advogado recomendou uma revisão dos mecanismos de governança, com base na transparência e no diálogo, a fim de restaurar a confiança do público e colocar o país de volta no caminho da estabilidade.
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