De acordo com um relatório do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (Insee), no final de março, a dívida pública francesa totalizava € 3,34 trilhões, um ponto percentual acima do valor registrado no final de 2024 (113%).

Essa deterioração das finanças públicas representa um aumento de € 40 bilhões em relação ao trimestre anterior, gerando preocupações para o governo, que busca cortes e economias de até € 50 bilhões para o orçamento de 2026.

Apenas a Grécia (153,6) e a Itália (135,3) têm dívida pública maior que a da França.

Veículos de comunicação como o jornal Le Figaro notaram nesta quinta-feira que o Tratado de Maastricht, lei de referência da UE, estabeleceu uma meta para a dívida pública abaixo de 60% do PIB no bloco, que atualmente conta com 27 países-membros.

Na França, a queda desse indicador é acentuada desde 2017, com um aumento de € 1 trilhão desde então.

O primeiro-ministro François Bayrou considerou a situação da dívida uma espada de Dâmocles para o modelo social do país e pediu à população que não cruzasse os braços diante do cenário desafiador.

Partidos políticos e sindicatos alertam que a recuperação financeira não deve ocorrer às custas dos trabalhadores e dos mais vulneráveis.

mem/wmr / fav