“Mais uma vez, pedimos que se interrompa a escalada armada e que se abstenham as ações provocativas. Hoje, mais do que nunca, é necessário um retorno aos esforços político-diplomáticos e o respeito à legalidade internacional”, diz o texto do Ministério das Relações Exteriores publicado em seu site oficial na terça-feira.
Os ataques dos EUA e de Israel contra o Irã, conforme alertado pelo lado russo, levam a um agravamento acentuado e à desestabilização radical da situação no Oriente Médio e no Golfo Pérsico, disse o comunicado.
O Ministério das Relações Exteriores observou que “há o perigo de minar a segurança global e regional com consequências de longo prazo e muito prejudiciais, inclusive para o comércio e as relações econômicas, comunicações aéreas, marítimas e outras, bem como, não menos importante, para o regime de não proliferação”.
A agressão não provocada dos EUA e de Israel contra o Irã, as tentativas de mudar o governo, invadir a soberania do país, interferir em seus assuntos internos e decidir o destino do povo iraniano são uma violação flagrante da carta da ONU, das normas fundamentais e dos princípios do direito internacional, disse a nota.
Esse desenvolvimento inaceitável dos eventos deve terminar imediatamente. Para evitar uma nova escalada, a Rússia continuará a construir sua linha forte nas Nações Unidas e na Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) durante contatos bilaterais com várias partes, acrescenta.
Na madrugada de 13 de junho, Israel lançou uma operação militar contra o Irã. Menos de um dia depois, Teerã realizou um ataque de retaliação. As ofensivas mútuas continuam, com ambos os lados relatando mortes, ferimentos e danos materiais.
Em 22 de junho, os EUA entraram no conflito armado, atacando com bombardeiros três instalações nucleares iranianas em Fordow, Natanz e Isfahan. A Rússia condenou veementemente as ações de Israel e dos EUA.
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