Na sexta-feira passada, a junta militar nigerina nacionalizou a empresa na sequência de confrontos com empresas ocidentais tanto aqui como em Burkina Faso e Mali, os três membros da Aliança dos Estados do Sahel (AES).
Os três países adotam medidas de proteção de seus recursos naturais nas mãos de estrangeiros, em particular o aumento de seus lucros para empregá-los em planos de desenvolvimento econômico e social.
Ao mesmo tempo, eles seguem uma política de distanciamento militar com a França, sua ex-metrópole durante a fase colonial.
A conduta “irresponsável, injusta e ilegal da ORANOA, juntamente com o flagrante desequilíbrio na comercialização da produção, precipitaram a expropriação”, precisa um comunicado do governo de transição presidido pelo general Abdourahamane Tiani.
A SOMAR-R.SA é subsidiária da empresa ORANO, há meio século principal atora na extração de urânio na região nigerina de Agadez, fornecedora do mineral para as centrais nucleares francesas.
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