Falando à imprensa no contexto de sua visita ao Salão Internacional do Ar e do Espaço de Le Bourget, o presidente disse que a “oferta” será apresentada nesta sexta-feira em Genebra, onde o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, se reunirá com seus homólogos das três potências europeias.
De acordo com Macron, a proposta de Paris, Berlim e Londres a Teerã também abrangerá as questões dos mísseis balísticos e do financiamento a grupos que o Ocidente considera terroristas.
“Um retorno às negociações substantivas é absolutamente necessário”, disse ele, em um cenário marcado pelo oitavo dia de trocas de golpes entre Irã e Israel, que iniciou na última sexta-feira a agressão ao país persa.
A França estava entre os países que chegaram a um acordo com Teerã em 2015 para limitar suas ações ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos, em troca do levantamento de sanções, um pacto que o presidente dos EUA, Donald Trump, boicotou desde seu mandato anterior.
A fim de pôr fim ao conflito em andamento, Macron orientou a diplomacia francesa a tomar a iniciativa com os parceiros europeus para propor uma “saída exigente” para acabar com a guerra.
Também nesta semana, durante sua participação na Cúpula do G-7 no Canadá, o presidente francês rejeitou a ideia de impor uma mudança de regime ao Irã, argumentando que isso poderia levar ao caos no Oriente Médio, lembrando os resultados das intervenções na Líbia e no Iraque.
“Não concordo com a ação militar contra o detentor do poder a fim de evitar qualquer desestabilização política e caos”, enfatizou em Kananaskis.
Seus comentários se seguiram aos feitos por Trump e pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu sobre a possibilidade de assassinar ou não o líder supremo iraniano Ali Khamenei.
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