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Cuba alerta em fórum sobre pouco progresso na proteção dos oceanos

Paris, 10 jun (Prensa Latina) Cuba alertou hoje, na Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, sobre o progresso limitado na implementação do Objetivo 14 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, dedicado à proteção desses espaços marinhos.

Em seu discurso no segundo dia do fórum realizado em Niza, a chefe da delegação da ilha, a vice-primeira-ministra Inés María Chapman, enfatizou a urgência de transformar o comportamento humano em relação aos oceanos, ameaçados por fenômenos como a superexploração, a poluição e as mudanças climáticas.

“Participamos desta Conferência movidos pela urgência de mobilizar a comunidade internacional para proteger os ecossistemas marinhos e fortalecer a governança oceânica”, alertou. Em setembro de 2015, a Assembleia Geral da ONU adotou a Agenda 2030, um instrumento multilateral cujo 14º objetivo inclui a proteção e a gestão sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.

Chapman pediu o fortalecimento da implementação desta ferramenta, particularmente em relação à questão que reúne delegações de 180 países, mais de 50 delas lideradas por chefes de Estado e de governo, à cidade do sul da França.

Cuba confia no multilateralismo como única via para resolver os desafios ambientais, cujos efeitos não se limitam às fronteiras nacionais e não são proporcionais à dívida climática acumulada por cada Estado, afirmou a vice-primeira-ministra.

Ela também instou as nações signatárias do Acordo sobre a Conservação e o Uso Sustentável da Diversidade Biológica Marinha em Áreas Além da Jurisdição Nacional a intensificarem seus esforços para sua pronta entrada em vigor.

Sobre as conquistas da nação caribenha na proteção e no uso sustentável dos oceanos, ele mencionou que o país pode apresentar progressos concretos no fórum, que se estenderá até sexta-feira, com base em iniciativas como o Programa Nacional de Diversidade Biológica até 2030.

No entanto, o principal obstáculo à adaptação climática de Cuba é o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, que impede a aquisição de equipamentos modernos e eficientes, dificulta a transição para energias renováveis ​​e o acesso a financiamento internacional para projetos ambientais, e restringe o fornecimento para a reconstrução após o impacto de eventos climáticos extremos, denunciou.

Chapman cumpre uma agenda movimentada no contexto de sua participação na Terceira Conferência das Nações Unidas para o Oceano, encontro que sucede os realizados em Nova York (2017) e Lisboa (2022).

Nesse sentido, ele se reuniu hoje com o Diretor-Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, com quem discutiu questões de cooperação em setores como produção de alimentos, medicina nuclear e proteção ambiental.

mem/wmr/ls

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