Segunda-feira, Junho 09, 2025
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Palestina agradece ativistas por tentarem romper bloqueio israelense

Ramallah, 9 jun (Prensa Latina) O Ministério de Relações Exteriores da Palestina agradeceu hoje aos ativistas internacionais que tentaram romper o bloqueio imposto por Israel a Gaza e chamou o mundo a pôr fim aos crimes cometidos pelos militares nesse território.

O Ministério de Assuntos Estrangeiros e Expatriados denunciou o ataque dos comandos da marinha israelense ao navio Madleen, com 12 ativistas de vários países, que transportava ajuda para Gaza.

Apreciamos seus esforços, bem como as grandes dificuldades e riscos no mar para esse nobre objetivo humanitário de apoiar nosso povo na Faixa, que está sendo submetido às mais hediondas formas de genocídio, limpeza étnica, perseguição e fome, disse ele.

Nesse sentido, pediu à comunidade internacional que responda ao apelo e à mensagem humanitária dos ativistas.

O mundo deve “oferecer a eles todas as formas de proteção contra a brutalidade da ocupação (israelense) e responder ao seu apelo para que o cerco ao nosso povo seja levantado”, enfatizou.

A Freedom Flotilla Coalition, que organizou a viagem para enviar suprimentos e denunciar a agressão contra o enclave costeiro, disse que seus colegas “foram sequestrados pelas forças israelenses”, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg.

O incidente começou à 01h15, horário local, quando o barco foi alertado sobre a ameaça da marinha de interceptá-lo e todos foram convidados a colocar coletes salva-vidas, informou a versão on-line do jornal Yedioth Ahronoth.

Estamos cercados pelos navios deles, mas no final eles continuaram, denunciou o ativista brasileiro Thiago Ávila nas redes sociais, enquanto Yasmin Ajar apontou que quase assim que chegaram a Gaza, quatro navios israelenses se aproximaram, dois deles a menos de 200 metros de distância.

Estamos aqui cercados por drones israelenses, por favor, deem o alarme”, ouve-se outra pessoa dizer, enquanto uma voz pede abrigo diante do iminente ataque militar.

Pelo menos um drone teria borrifado o Madleen com um irritante branco antes que os comandos da Shayetet 13, a unidade especial da marinha, entrassem em ação.

Ao justificar a decisão, o Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou os ativistas, ressaltando que Gaza está sob um “bloqueio naval legal”, apesar de uma onda de críticas internacionais ao cerco contra o enclave costeiro.

Às 2h51, horário local, a marinha ordenou ao Madleen, por meio de um sistema de comunicação internacional, que mudasse seu curso, após o que seus comandos invadiram a embarcação e assumiram seu controle, observou o jornal.

A estação de televisão do Catar, Al Jazeera, divulgou uma transmissão ao vivo do convés, mostrando o momento da invasão e a prisão dos ativistas pró-palestinos.

Após o incidente, em uma declaração separada, o Ministério das Relações Exteriores disse que todos eles serão enviados de volta a seus países.

O navio estava transportando um pequeno carregamento de ajuda, incluindo arroz e comida para bebês, para a Gaza bloqueada.

ro/rob/bm

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