O secretário-geral da ONU, António Guterres, abriu o fórum de cinco dias, ao qual assistem delegações de 187 países, mais de 50 deles liderados por chefes de Estado e de governo.

Guterres destacou o objetivo da conferência de apoiar a realização da meta 14 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que se concentra na conservação e no gerenciamento sustentável dos oceanos e dos recursos marinhos.

Na instalação do evento, os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Costa Rica, Rodrigo Chaves, foram eleitos como copresidentes.

Macron pediu para avançar sem retroceder na mobilização em defesa dos oceanos, afirmando: “Sabemos o que está em jogo”.

Ele alertou sobre as mudanças climáticas e seu impacto no aumento das temperaturas, no aquecimento dos oceanos e no aumento de fenômenos extremos.

O aumento do nível do mar afeta três bilhões de pessoas, enquanto a poluição plástica ameaça a cadeia alimentar, disse o presidente francês, que reconheceu que os mais atingidos são os países vulneráveis, como os pequenos Estados insulares.

Os oceanos nos unem em um ecossistema ligado ao clima e à biodiversidade, disse Macron em um discurso no qual ele insistiu que a mudança climática é uma realidade baseada em fatos científicos e não uma opinião.

Por sua vez, Chaves disse que os oceanos estão pedindo ajuda com mensagens como o branqueamento de corais, tempestades cada vez mais frequentes e manguezais danificados.

Não há tempo a perder com retórica demagógica, precisamos salvá-los, porque eles nos unem e nos alimentam, disse ele.

O presidente costarriquenho lamentou o fato de as pessoas tratarem os oceanos como uma fonte inesgotável de alimentos e um depósito de lixo.

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