De acordo com nota do Ministério do Meio Ambiente (Miambiente), as ações locais estão alinhadas à Política Nacional do Oceano, que define o mar como um bem econômico e social do século XXI.
Essa visão, conhecida como Panamá Azul, busca promover o desenvolvimento logístico e a saúde dos ecossistemas marinhos em conjunto, acrescentou o comunicado.
Com uma posição estratégica no comércio global e uma extraordinária biodiversidade marinha, o país centro-americano está migrando para um modelo econômico onde o mar é um elemento central do desenvolvimento.
“O futuro econômico do Panamá está ligado à saúde do oceano. Temos o potencial de liderar em inovação, conservação e desenvolvimento sustentável em nível regional se conectarmos ciência, financiamento e participação comunitária”, disse Juan Carlos Navarro, chefe da Miambiente.
Por meio de um dos pilares dessa estratégia, a nação do istmo avança em direção a um modelo de crescimento que alia sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.
Nessa direção, ele disse, a pesca artesanal sustentável, os corredores de conectividade marinha, as áreas marinhas protegidas e os pilotos de carbono azul são elementos-chave.
Mecanismos financeiros também estão sendo explorados para restaurar manguezais, compensar serviços ecossistêmicos e criar empregos verdes em comunidades costeiras.
Da mesma forma, o Canal do Panamá faz parte dessa nova abordagem ao adotar medidas como a redução de velocidade nas rotas de trânsito, implementadas voluntariamente por embarcações em áreas onde há cetáceos, o que tem contribuído para a proteção de espécies-chave, como as baleias.
O Panamá participará da Terceira Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que começa amanhã na cidade francesa de Nice.
A representação panamenha busca expandir alianças estratégicas e atrair financiamento para continuar desenvolvendo soluções sustentáveis baseadas no oceano.
O presidente José Raúl Mulino, que recentemente cancelou sua viagem à França devido à turbulenta situação social em seu país, afirmou que seu governo sancionará em breve o Tratado de Marrakech, previamente aprovado pelo Conselho de Ministros e pela Assembleia Nacional (parlamento).
A norma promove a conservação e o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos, com o objetivo de elevar a imagem internacional do Panamá e destacar sua participação em organizações internacionais que promovem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável por meio de uma agenda comercial positiva.
“Este acordo”, disse ele, “consolida a posição do Panamá como um líder azul, como é conhecido, com mais de 54% de nossas águas territoriais protegidas”, enfatizou.
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