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Jogo sujo de candidato presidencial emerge na Bolívia

La Paz, 3 jun (Prensa Latina) O candidato presidencial da oposição, Samuel Doria Medina, está sendo denunciado hoje como "trapaceiro" antes das eleições gerais da Bolívia em agosto do próximo ano, após uma acusação do agente político Peter Erlwein Beckhauser.

De acordo com a pessoa ligada ao partido de extrema direita Santa Cruz, que foi excluída da lista de candidatos a deputado da aliança Unidade, o empresário milionário instruiu a oposição a desafiar a candidatura do colega de direita Jorge Tuto Quiroga em uma reunião em La Paz.

Assim, Doria Medina pretendia permanecer como o único candidato da oposição de direita nas eleições gerais de 17 de agosto deste ano.

De acordo com Beckhauser, o agente político de Doria Medina, Roberto Moscoso, e a deputada Senaida Rojas, da Comunidade Cidadã, também participaram da reunião.

“(…) Roberto Moscoso disse ao representante de Senaida: ‘Vá atrás de Tuto.'” Eu estava naquela reunião. O senhor (Samuel) ordenou o impeachment de toda a oposição (…)”, disse ele em declarações ao canal privado DTV.

Ele acrescentou, sobre a pessoa que frustrou sua candidatura a deputado, que “esse sujeito não pode ser a figura da unidade, porque queria ganhar nas urnas, e agora não pode dizer que o processo eleitoral está sendo judicializado (…)”, enfatizou.

Ele acreditava que o objetivo era enfraquecer o bloco oposicionista porque “ele nos pediu, em vez de acabar com a esquerda, que impeachment de toda a direita para que ele fosse o único na cédula”.

Após essas revelações, o candidato da Alianza Libre, Quiroga, lamentou a ordem de Doria Medina.

“(…) Vi o ativista Peter Beckhauser dizendo: o partido Unidade Nacional me instruiu a retirar a candidatura de Tuto”, criticou.

Enquanto isso, da Unidade Aliança, o líder político e analista José Luis Bedregal negou veementemente as acusações e chamou Beckhauser de ator sem histórico democrático e com supostos vínculos com o vice-presidente David Choquehuanca.

No entanto, em 24 de abril, a mídia boliviana destacou a ação movida pelos deputados do CC, Senaida Rojas e Juan José Tórrez, contra a Alianza Libre (Liberdade e Democracia) de Quiroga.

Em resposta, o porta-voz desse bloco, Tomás Monasterio, afirmou que Doria Medina estava por trás da “manobra” para afastar Quiroga da cena eleitoral.

“São parlamentares que manifestaram aberta e manifestamente sua posição de apoio ao Sr. Samuel Doria Medina, a quem responsabilizo por esse ‘ataque sistemático’ e por essa covardia traiçoeira de recorrer ao Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) para tentar nos afastar da cena eleitoral”, insistiu Monasterio.

Rojas e Tórrez denunciaram que a aliança de Quiroga, composta pelos Democratas e pela Frente de Esquerda Revolucionária (FRI), não pode ser formada porque, supostamente, uma aliança anterior com o CC não havia sido dissolvida.

lam/jpm/ls

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