Segunda-feira, Junho 09, 2025
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Cientistas recriam o azul egípcio, o pigmento sintético mais antigo

Washington, 2 jun (Prensa Latina) Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington recriaram o azul egípcio, o pigmento sintético mais antigo do mundo, usado no Egito há cerca de 5.000 anos, publicou hoje a revista NPJ Heritage Science.

Os especialistas utilizaram diversas matérias-primas e tempos de aquecimento para desenvolver 12 fórmulas de pigmentos, fornecendo informações úteis para arqueólogos e cientistas da conservação que estudam materiais egípcios antigos.

O trabalho foi realizado em colaboração com o Museu Carnegie de História Natural e o Instituto de Conservação Smithsonian.

Embora o pigmento azul egípcio fosse valorizado na antiguidade, há poucas evidências arqueológicas de sua produção.

Ele era usado como substituto de minerais caros, como turquesa e lápis-lazúli, e para pintar madeira, pedra e um material semelhante ao papel machê chamado cartonagem.

Dependendo de seus ingredientes e do tempo de processamento, sua cor varia do azul profundo ao cinza opaco ou verde.

Após o surgimento dos egípcios, o pigmento foi usado pelos romanos, mas, com o Renascimento, o conhecimento sobre sua produção já havia sido amplamente esquecido.

Devido às suas interessantes propriedades ópticas, magnéticas e biológicas, o interesse pelo pigmento ressurgiu nos últimos anos.

Ele emite luz na região do infravermelho próximo do espectro eletromagnético, invisível aos humanos, o que significa que pode ser usado para tarefas como coleta de impressões digitais e criação de tintas à prova de falsificação. Além disso, sua composição química é semelhante à de supercondutores de alta temperatura.

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