Quantas crianças mais morrerão? Que nível de horror elas precisam vivenciar antes que a comunidade internacional se manifeste, use sua influência e tome medidas para forçar o fim desse assassinato implacável de crianças? perguntou o Diretor Regional do UNICEF para o Oriente Médio e Norte da África, Edouard Beigbeder.
Em um comunicado, o funcionário apelou a todas as “partes em conflito para que ponham fim à violência, protejam os civis, incluindo as crianças (…) permitam o fornecimento imediato de ajuda humanitária e libertem todos os reféns”.
As crianças em Gaza precisam de proteção, comida, água e medicamentos, bem como de um cessar-fogo, enfatizou. Mas, acima de tudo, elas precisam de uma ação coletiva imediata para pôr fim a isso de uma vez por todas, enfatizou.
Beigbeder citou como exemplo o recente assassinato de nove crianças de um médico palestino, com idades entre 2 e 12 anos.
“Na sexta-feira, vimos vídeos dos corpos queimados e desmembrados da família al-Najjar sendo retirados dos escombros de sua casa em Khan Younis”, enfatizou.
Essas vidas, que jamais deveriam ser reduzidas a números, agora fazem parte de uma longa e comovente lista de horrores inimagináveis, lamentou. O funcionário do UNICEF enfatizou que, desde o fim do cessar-fogo em 18 de março, mais de 1.300 crianças perderam a vida e outras 3.738 ficaram feridas naquele território.
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