Embora não se conheçam muitos detalhes da iniciativa, uma das propostas é que a interrupção voluntária da gravidez possa ser estendida até 14 semanas.
Atualmente, o aborto só é permitido por três motivos: estupro, perigo para a vida da mãe ou inviabilidade do feto.
No entanto, mesmo por esses motivos, ainda há dificuldades no acesso a um atendimento médico oportuno para aqueles que optam por se submeter ao procedimento.
De acordo com várias fontes, todos os anos, entre 30.000 e 150.000 mulheres vão a centros clandestinos para interromper a gravidez, sem apoio médico e com medicamentos do mercado negro.
Questionado sobre a polêmica que a questão abrirá nas duas câmaras do parlamento, Orellana afirmou que não devemos antecipar resultados. Esses debates nunca são vencidos antecipadamente, disse o ministro, e lembrou que em 2017, durante o governo de Michelle Bachelet, quando o aborto por três causas foi aprovado, uma longa luta teve que ser travada.
Orellana lembrou que o mesmo aconteceu quando foram discutidas as questões do divórcio, da não expulsão de alunas grávidas das escolas e da pílula do dia seguinte.
“No entanto, a sociedade está avançando e, portanto, acreditamos que é hora de falar sobre o aborto”, disse ela.
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