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Estudo revela impacto letal do escândalo Dieselgate na França

Paris, 28 de mai (Prensa Latina) Entre 2009 e 2024, 16.000 pessoas morreram na França devido à adulteração de motores para ocultar a emissão de partículas poluentes, um escândalo conhecido como Dieselgate, envolvendo a fabricante alemã Volkswagen, revela um estudo divulgado hoje.

A imprensa francesa repercute o relatório do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo, instituição finlandesa que, pela primeira vez, quantifica as mortes atribuíveis à manipulação descoberta em 2015, um caso que gerou penas de prisão e multas multimilionárias.

O escândalo eclodiu nos Estados Unidos há uma década, quando se soube que um software foi usado para comercializar cerca de 200 veículos que emitiam muito mais substâncias nocivas, como dióxido de nitrogênio, do que o permitido para preservar a saúde humana.

De acordo com a investigação, o Dieselgate causará mais 8.000 mortes prematuras na França entre 2024 e 2040, um número que subiria para mais de 200.000 mortes na Europa até então.

Doenças respiratórias e cardiovasculares, diabetes e até câncer são consequências da inalação de poluentes.

O estudo do centro finlandês denuncia o impacto humano e econômico resultante da manipulação de motores a diesel para vender carros com seu verdadeiro valor poluente ocultado.

Quanto aos prejuízos econômicos associados à fraude, estima-se que sejam de 146 bilhões de euros no continente, com base em parâmetros como faltas por doença e mortes prematuras, afetando a produtividade.

Só na França, pelo menos 26.000 novos casos de asma estão supostamente ligados à manipulação do Dieselgate, de acordo com a rede France Inter, que analisou a investigação.

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