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PT-Brasil pede impeachment e prisão preventiva do filho de Bolsonaro

Brasília, 27 mai (Prensa Latina) O governante Partido dos Trabalhadores (PT) do Brasil pediu o impeachment do deputado Eduardo Bolsonaro e sua prisão preventiva, por promover hoje atos de conspiração contra a Suprema Corte enquanto reside nos Estados Unidos.

A organização política intensificou sua ofensiva política e judicial contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), ao anunciar uma denúncia formal ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Liderada pelo líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, a iniciativa exige tanto a perda do mandato do legislador quanto sua prisão provisória por supostamente conspirar contra as instituições democráticas.

Eduardo Bolsonaro, que está atualmente nos Estados Unidos, teria promovido ações de pressão internacional contra autoridades brasileiras, incluindo pedidos de revogação de vistos, bloqueio de bens e aplicação de sanções econômicas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), além de membros da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República.

Por sua vez, o STF aceitou na segunda-feira a recomendação da Procuradoria Geral da República e autorizou a abertura de uma investigação contra o parlamentar que foi afastado do cargo.

Esse processo será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que é alvo direto dos ataques de Bolsonaro.

Além disso, o Supremo ordenou o levantamento do sigilo do caso, tornando pública toda a documentação relacionada.

De acordo com o Ministério Público Federal, há fortes indícios de que Eduardo Bolsonaro busca interferir no sistema de justiça brasileiro, especialmente no processo de tentativa de golpe, relacionado a tentativas de desestabilização institucional e envolvendo seu pai.

A denúncia ao Conselho de Ética será fundamental para definir se o Congresso Nacional vai concordar com essa ofensiva. O resultado dependerá da posição do chefe desse conselho, que tem o poder de decidir quando a solicitação será considerada.

A próxima etapa legal para o PT seria formalizar a reclamação. Após a apresentação da reclamação, o processo continuará com seu registro e o líder do conselho decidirá se a representação atende aos requisitos formais.

Se admitido, um relator para o caso será nomeado para preparar um parecer preliminar. Eduardo Bolsonaro, ou sua defesa, terá a oportunidade de responder às acusações.

Após a discussão, haverá uma votação no Conselho de Ética e, se tudo for aprovado, a sanção passará por outra votação no plenário da Câmara dos Deputados. É necessária uma maioria qualificada (257 dos 513 deputados) para que a cassação do mandato seja aprovada.

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