Após 24 dias intensos de campanha em todo o país, os mais de seis mil candidatos a governador, à Assembleia Nacional (parlamento) e aos Conselhos Legislativos estaduais encerrarão todos os atos políticos e de massa até o final do dia para entrar em recesso eleitoral, conforme estabelecido em lei.
O Ministério da Educação anunciou ontem em comunicado a suspensão das atividades escolares hoje e amanhã, motivada pelas eleições, que serão realizadas em meio a ameaças de atentados terroristas organizados pela extrema direita nacional, com o uso de mercenários venezuelanos e estrangeiros.
O Plano República também foi lançado no dia anterior, com a participação de mais de 490.000 civis e militares, incluindo 412.000 membros da Força Armada Nacional Bolivariana.
O ministro da Defesa venezuelano, general Vladimir Padrino, afirmou que este é um ato de Estado devido “à profundidade do que significa” em termos de garantia da soberania popular.
“Trata-se de uma operação muito bem planejada, que durou dias, meses e semanas e que tem sido executada com sucesso até o momento”, enfatizou, destacando o nível de coordenação alcançado, as ações nos territórios e a implementação de tudo o que está estabelecido no cronograma eleitoral.
O vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Carlos Quintero, considerou este evento um marco no calendário eleitoral que “vem sendo trabalhado arduamente”.
Ele enfatizou que se trata de duas eleições em um único processo eleitoral, no qual estão em disputa 569 cargos: 285 deputados ao Parlamento, 260 representantes aos Conselhos Legislativos e 24 governadores.
Os candidatos a governador do GPPSB encerraram suas campanhas eleitorais em seus respectivos territórios nesta quarta-feira, convocando o público a participar e votar no próximo domingo nas eleições regionais e nacionais.
O presidente Nicolás Maduro participou ontem, junto com José Alejandro Terán, candidato pelo estado de La Guaira, no norte do país, da cerimônia de encerramento de sua campanha, onde pediu “afinar a máquina”.
Acredito que estamos à beira de uma das maiores vitórias que vimos nestes 26 anos, e “essa vitória foi forjada pelo povo; esta não é a história de um homem”, acrescentou.
Diante de uma grande reunião de apoiadores revolucionários e chavistas, o chefe de Estado expressou que a próxima nova fase do governo deve ter as comunidades como centro, empoderando os moradores e fortalecendo a formação de líderes.
rc/jcd / fav