Em declarações à imprensa, Ana Toni, diretora da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30, que será realizada em Belém, Brasil, em novembro), defendeu a promoção do conceito de que uma economia de baixo carbono também pode ser um motor de crescimento e desenvolvimento.
A este respeito, o responsável elogiou a realização da primeira destas conferências regionais no istmo. O segundo será na África, um espaço onde especialistas buscam formas de alinhar a economia com a descarbonização.
O economista e cientista político, que também é Secretário de Mudanças Climáticas do país sul-americano, também defendeu a energia renovável, a agricultura sustentável e a mobilidade elétrica como ativos para impulsionar uma economia ecologicamente correta que também reduzirá cada vez mais as emissões de carbono, citando países como Brasil e China como exemplos.
Ele também explicou que a América Latina e o Caribe têm capacidades significativas para ajudar a combater a crise climática graças aos recursos naturais.
A Cúpula da Natureza, um evento paralelo à Semana Global do Clima, foi aberta no dia anterior.
Neste evento, o Secretário Executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, afirmou que políticas claras e firmes nesta área são um antídoto para a incerteza econômica que atualmente assola um mundo que deve permanecer no caminho já iniciado para o desenvolvimento de energia verde.
Durante seu discurso, Stiell observou que, em meio ao barulho gerado pelas notícias sobre tarifas, barreiras comerciais e desaceleração do crescimento, é crucial não perder de vista o sinal de que projetos de energia limpa estão em andamento ao redor do mundo.
Stiell observou que os países devem apresentar novos projetos climáticos focados no crescimento antes da COP30, diferentemente de seus antecessores, que se concentravam apenas na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Por sua vez, o ministro do Meio Ambiente do Panamá, Juan Carlos Navarro, pediu a tradução das metas climáticas em propostas viáveis e financiamento concreto.
“Acreditamos firmemente que somente por meio da colaboração entre governos, comunidades e o setor privado poderemos diminuir a lacuna entre os compromissos climáticos e sua implementação efetiva na prática”, enfatizou.
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